Visita - Adega Mayor

A Adega Mayor é já um dos nomes firmes do panorama vínico português, mesmo tendo em conta a história tão jovem deste produtor, os vinhos são distintos, facilmente reconhecíveis e merecedores de uma quantidade apreciável de prémios. A juntar a tudo isto, o edifício que alberga a adega da Adega Mayor é um ícone do Alentejo e do País, pois é a única adega do nosso país desenhada por Siza Vieira. Foi assim com enorme expectativa que visitamos em Campo Maior no Alentejo a Adega Mayor.


Fomos muito bem recebidos pela nossa guia que começou a visita com um pequeno filme projectado no auditório e que conta a história da Adega Mayor pela voz dos colaboradores, da directora da empresa e pelo próprio Comendador Rui Nabeiro que refere a vontade de plantar vinha e fazer vinho em homenagem aos antepassados que o faziam sobretudo para consumo próprio.


Daqui seguimos para a adega onde nos foi explicado o processo de vindima, vinificação e engarrafamento. Este espaço surpreende pelo tamanho, totalmente amplo e sem qualquer coluna ou suporte de sustentação do enorme tecto de betão. A temperatura e humidade da adega são controlados e mantidos de forma constante para assegurar a qualidade do vinho armazenado. Naquela tarde quente seria provavelmente o local mais fresco em todo o Alentejo. É impossível não notar o contraste dos tradicionais pipos de carvalho com a modernidade das linhas direitas da adega, ou das garrafas empilhadas no portfolio com o betão cru. O confronto entre o moderno e o tradicional é uma constante em toda a adega.


A visita segue até aos pisos superiores onde se encontram os laboratórios, as salas de prova e um jardim suspenso com um espelho de água que se encontra mesmo por cima do tecto da adega e com uma vista desafogada para as vinhas, para a Serra de São Mamede, Campo Maior, Elvas e Badajoz.


Por fim, a tão aguardada prova guiada com vinhos e petiscos, onde se incluíam um branco, um rosé e um tinto da gama Adega Mayor. A terminar, a passagem obrigatória pela loja de onde trouxemos mais uns exemplares para casa.

Excelente visita onde no fim fica a nota que há novas histórias a nascer em Portugal e que os bons vinhos não são um produto exclusivo de famílias centenárias ou de empresas com raizes profundas no negócio. É possível ser moderno e criar novas tradições mantendo o respeito pela milenar arte de fazer vinho. Voltaremos em breve para a experiência do piquenique na vinha.