Quinta da Roêda - Croft - Pinhão

À chegada do Pinhão, logo após a magnifica ponte de ferro, a entrada da Quinta da Roêda é feita por uma estrada que serpenteia entre as vinhas e os socalcos em plena região demarcada do Douro. No fim da estrada somos recebidos por um cão pachorrento que dorme à frescura da sombra de um dos edifícios de pedra e que marca o tom da visita: calma, serenidade e tempo para desfrutar. É inicio de verão e toda a vinha é verde.


Se na vila do Pinhão há algum reboliço entre turistas que chegam de barco e de comboio, aqui em cima o ambiente é muito mais tranquilo e convida à contemplação do rio Douro e das quintas que o rodeiam. Um dos armazéns da Quinta da Roêda, propriedade da Croft - um dos mais antigos produtores do Douro, está convertido em loja e sala de provas e é daqui que começamos a nossa visita guiada pela quinta na companhia de um Porto Croft Rosé que foi prontamente degustado na sombra fresca da eira.
 

Dali partimos numa visita guiada pela vinha velha com mais de 100 anos e depois pela vinha mais recente com as castas devidamente identificadas. Para além da já costumeira explicação do processo de produção do vinho do Porto, nota-se nas palavras do guia uma preocupação pelas alterações climáticas e dos impactos que já se fazem sentir na vinha e no vinho. É bom ver que existe por parte dos produtores uma preocupação cada vez mais vincada com este problema.


Das vinhas seguimos para o velho lagar transformado em museu onde o processo tradicional da pisa das uvas é explicado o que causa algumas reacções de surpresa por parte dos visitantes menos informados dos processos tradicionais. Daqui seguimos de volta para a sala de provas onde se segue a degustação dos vários tipos de Porto ou no nosso caso, para um piquenique com vista para a vinha.


Mesa farta, copos cheios, boa companhia e uma vista desafogada para o douro vinhateiro. Não é preciso muito mais para ser feliz.


Quinta da Roêda | Croft Port
N323, 5085-036 Pinhão