No copo tem uma cor a entre o âmbar e o cobre. Muito aromático e complexo, transpira notas de alperce, frutos secos, minerais e barro. Na boca é leve, sedoso e ácido, muito mineral, quase amargo. O final é curto com uma surpreendente nota mineral.
Ao longe, a cor deste vinho pode enganar, parece um rosé com uma cor cobreada, no entanto é um vinho branco envelhecido em talha o que lhe confere esta cor distinta. Os aromas são também desconcertantes. Alperce, frutos de caroço, frutos secos, barro. Não fosse a leveza e a acidez, a sensação sedosa na boca, quase cera, poderia remeter para um vinho licoroso. É decididamente distinto. Os vinhos de talha estão definitivamente na moda, apesar da técnica ser milenar e amplamente usada pelos romanos. Este exemplar veio diretamente da Adega José de Sousa em Reguengos de Monsaraz onde a talha é rainha e a própria adega parece um museu vivo. História e surpresa numa mesma garrafa, houve até quem chamasse a este vinho "pôr do sol num copo". Um elogio inteiramente merecido.
